quinta-feira, 15 de julho de 2010

Violência contra a mulher


O Conselho Econômico das Nações Unidas em 1992 definiu a violência contra a mulher como: "Qualquer ato de violência baseado na diferença de gênero que resulte em sofrimento e danos físicos, sexuais ou psicológicos a mulher, inclusive ameaça de tais atos, coerção e privação de liberdade na vida pública ou privada”.
No Brasil é crime através da Lei Maria da Penha, que reconheceu que as maiores agressões acontecem no ambiente doméstico, e são cometidas em sua totalidade pelos maridos dessas mulheres. Mas parece que muitos homens ainda não entenderam se tratar de um crime, pois é crescente o número de denúncias como o caso chocante de Eliza Samúdio e o goleiro Bruno do Flamengo. É repugnante o desfecho desse caso, e faz parecer que a violência contra a mulher nunca irá cessar. Mal esse caso vem á tona, começam aparecer corpo de professora enterrada na areia da praia e ex namorada morta encontrada dentro de seu carro em um rio. Ou a lei funciona, ou teremos que viver a Lei do Tabelião -“Olho por olho, dente por dente”. Já pensaram como seriam os castigos? Homens sendo comidos por cachorros, ou jogados pelas janelas, estrangulados e etc. Desde pequena aprendi que mulher não se bate nem com uma pétala de rosa, o que continua assustando é a covardia. Covardia, pois nunca nada irá justificar semelhantes crueldades. Esses casos chamam ainda a atenção das autoridades a tomar medidas mais duras.A mídia abordando o assunto só divulgando os casos, parece querer disseminar tais práticas. Os veículos de comunicação parecem disputar entrevistas de advogados, primo do vizinho que conhecia a Eliza, e não está nem um pouco se importando em cobrar o fim desse tipo de violência.

A Copa do Mundo não é nossa!

É difícil para a pátria de chuteiras terem que digerir uma nova derrota. Não sabemos perder, ou nos acostumamos às vitórias. Eu sou assim. Em 1990 eu tinha apenas um ano de idade, deste período em diante, assisti o Brasil chegar às finais em 1994, 1998 e 2002. Até quatro anos atrás não sabia o que era assistir uma final de Copa do Mundo sem o Brasil.
Perdemos porque perdemos. Futebol não é uma matemática exata, ás vezes falta sorte, ou talvez um juiz companheiro que não veja aquela falta dura, ou lhe dê aquele pênalti que só ele viu. Perdemos porque existem dois times, e um deveria ficar no prejuízo e voltar para a casa. Perdemos porque o futebol não é uma ciência, pode até haver favoritismo, mas ele acaba com a bola rolando. O que explica os comentaristas com anos de experiência nunca ganharem um bolão da Copa, na maioria das vezes é sempre aquele que não entende nada. No twitter, quem estava em primeiro lugar era a Dani Bananinha do Caldeirão do Huck
Não adianta apontar um culpado. Se foi a má escalação do Dunga ou a falta do Ganso e do Pato. Precisamos saber perder. Precisamos saber que desta vez, não deu! Criticar é muito fácil, é muito fácil ficar apontando os erros. Os erros existem para serem acertados, e não acabar com a carreira de muitos jogadores. Um dos erros que percebi não apenas nessa Copa, mas em todas, é que do dia para a noite todos viramos nacionalistas ao extremo, mas quando acaba o Mundial, onde estão as bandeirinhas? Onde está aquele orgulho de cantar o Hino Nacional? Agora o único título que nos interessa é o título de eleitor. Esse sim garante o nosso futuro.

Bater não! Educar

Em comemoração aos 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente, foi encaminhado ao Congresso Nacional um projeto que proíbe os pais de dar castigos físicos ou humilhantes aos filhos. Essa lei me lembra de uma música que tocava em um programa que dizia: “Violência, só gera violência”. Eu assino embaixo, pois se queremos mesmo educar cidadãos para o futuro, o diálogo ainda é a melhor saída.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A importância do Jornalismo


O que fazemos nós, os estudantes de comunicação para que a democracia funcione? O pensamento do estudioso em comunicação Richard Rorty, nos remete a uma reflexão sobre a importância do jornalismo. Sua função é vital para a justiça e a democracia, tem condições de denunciar os erros, a corrupção, e pode fornecer uma visão para educar e florescer o sendo critico nos cidadãos.
A cassação do diploma em junho de 2009, pode estar fixado em apenas um ponto. O fato de que o poder tem medo do jornalismo e dos jornalistas, pois sabe quem é que pode fiscalizar e denunciar. Um exemplo claro da participação do jornalismo e de seu eficaz valor, foi o escândalo que envolveu a Assembleia Legislativa do Paraná, só sendo possível graças às denúncias feitas pelos jornalistas. Se o papel desses profissionais não fosse cumprido, nós paranaenses estaríamos sem nem imaginar para onde estava indo o nosso dinheiro.
Talvez em muitos casos, ou até em faculdades de jornalismo, esse pensamento não seja bem repassado ou assimilado pelos acadêmicos, a constante competitividade, e a luta pela sobrevivência, faz com que alguns sonhos, ou até mesmo a vontade de mostrar uma luta a favor da sociedade, deixe de existir. Muitas vezes o próprio jornalista é manipulado, falta com a verdade e se corrompe a favor do poder para garantir seu emprego, tendo uma parcela de culpa na manipulação dos meios de comunicação e nos abusos do poder.
O jornalista Jacir Alfonso Zanata transcreve o jornalismo como um agente transformador da sociedade. Também defende que nós estudantes e os próprios jornalistas deixem de pensar que são meros repassadores de informação. Para ele, o jornalista é o oxigênio da formação humana. Continua sua tese afirmando que além de preparo e bom texto, é preciso muita leitura e conhecimento sobre tudo, pois hoje, as universidades são mais técnicas do que a serviço do conhecimento e do sistema social.
Outro exemplo da importância do jornalismo nos remete as causas sociais, ao serviço da população, e não dos poderes tanto econômico, político e até religioso. Na cidade de Campinas no estado de São Paulo, três bairros foram beneficiados por uma nova forma de jornalismo, o jornalismo que prioriza o cidadão. Foram desenvolvidos trabalhos que ajudaram a melhorar a vida em comunidade, a auto-estima e diminuição dos índices de violência. O jornal “Conexão Jovem” retratou os bairros paulistas fora das páginas policiais, divulgando ações positivas, assim como uma cobrança aos governantes a resolver os problemas sociais e dar oportunidade aos residentes dos bairros. Dentre os frutos colhidos desse projeto, que foi coordenado pelo jornalista Amarildo Carnicel, está o resgate do ideal em acreditar no potencial dessas pessoas e até inseri-las no mercado de trabalho, proporcionando uma nova vida.
Por último, o jornalista Carlos Heitor Cony sugere que é preciso ressuscitar os dinossauros, os jornalistas intelectuais que pensam e contribuem para a sociedade.