quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Os desinteressados

Mais uma vez estamos em época de eleição. Sou muito suspeita para falar algo sobre isso, pois gosto de política mais do que posso gostar de outro assunto.
Realmente os amantes da política sabem que é por esse caminho que podemos sonhar com uma sociedade mais justa e mais digna, mas o que realmente está me tirando o sono é o desinteresse das pessoas em relação a este assunto.
Tudo bem que não é tão atrativo, mas quem gosta dela sabe muito bem da importância indissolúvel que possui.
Será que realmente cumprimos o nosso papel de cidadão, apenas reclamando dos candidatos? Será que estamos cumprindo nosso papel como eleitor, nos conformando com o que é nos apresentado?
Eu tive a oportunidade de ir à Câmara Municipal de Curitiba nesta semana, assistir a uma sessão de vereadores que estavam lá para aprovar e ouvir da população, os projetos para melhorar a cidade. As cadeiras destinadas aos parlamentares estavam cheias, o que estavam vazias eram as cadeiras destinadas ao povo que tem direito de ir até lá, opinar, criticar e acompanhar todas as decisões.
E agora eu pergunto: Como criticar os políticos se não tem o interesse de ir lá ver, como tudo funciona?
Como falar mal, se não há outro argumento, a não ser falar da corrupção?
Longe de mim defender este ou aquele político, o fato é que houve sessão, assim como sempre há! Pena que ela dure em torno de 20 minutos, pois não havia a voz do povo.
“Santo Deus não! Não entendo dessas coisas!” Essa é uma frase de uma mulher que foi indagadada em plena rua XV, se tinha algum interesse por política, ou talvez uma outra que disse ter aversão de política, pois era muito certinha.
O fato é que me incomoda e não há como não incomodar tanto descaso. Temos a solução em nossas mãos, a solução de podermos nos orgulhar da diminuição da pobreza, da cultura e do esporte sendo levado para todos os lares e bairros, a diminuição do índice de violência e tantas outras conquistas que uma população engajada pode desfrutar.
Espero de verdade que a Câmara fique cheia de pessoas querendo participar, espero que muitos escolham o candidato, após analisar bem e saber do seu passado, e espero confiante que haja conscientização dos desinteressados.
E para você que leu até aqui, e concordou comigo, queria parabenizá-lo pessoalmente, você não é desinteressado!

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

O Bolsa Família

"Bom dia! Eu, Sueli Miranda de Carvalho Silva, venho, por meio destas linhas, agradecer os idealizadores do Bolsa Família, os anos que fui beneficiada. Ajudou-me na mesa, o pão de cada dia. Agora, empregada estou e quero que outro sinta o mesmo prazer que eu, de todo mês ser beneficiada. Obrigada"
Com essa cartinha, enviada à coordenação municipal do Programa Bolsa Família em Belo Horizonte, a ajudante de serviços gerais Sueli Miranda, de 47 anos, pediu dias atrás seu desligamento. Mãe de quatro filhos, moradora do bairro Jaqueline, na periferia da capital mineira e com uma renda familiar mensal de R$ 200, há um ano e meio ela recebia R$ 122 de ajuda do programa de transferência de renda. Agora, recém-contratada por uma revenda de automóveis e "fichada", como ela diz, ao se referir ao registro em carteira profissional, acha que deve deixar a vaga para alguém mais precisado. A cartinha foi festejada na coordenação municipal do programa, que despachou uma cópia para Brasília, para a sede do Ministério do Desenvolvimento Social - o quartel-general do programa que atende 11,2 milhões de famílias, distribuídas por todos os municípios brasileiros. Lá, o caso de Sueli ajudou a engrossar uma estatística que soa como música aos ouvidos do ministro Patrus Ananias: recém-atualizada, ela mostra que desde a criação do programa, em 2004, um total de 60.165 famílias pediram voluntariamente seu desligamento.
Essa notícia eu tirei de um site e me ajudou há compreender um pouco o quanto é importante esse dinheiro para algumas famílias. Você pode até achar que não! Eu mesma nunca precisei, mas já pude perceber, a verdadeira realidade de muitas famílias brasileiras.
Quando eu tinha uns oito anos, fui com o meu pai em uma distribuição de brinquedos e outros brindes para crianças carentes no Natal, era impressionante o que coisas simples e pra mim “besteirinhas”, dão tanta alegria para quem não tem! Em junho fui até a cidade de Ortigueira, no interior do Paraná, fazer matéria para o jornal laboratório do meu curso, e fiquei muito comovida de como existe gente simples, precisando de ajuda.
Nunca concordei com as pessoas que dizem que essa política utilizada no atual governo é assistencialista e só existe para sustentar quem não trabalha. O governo faz a parte dele, cabe ao beneficiado, e somente á ele a execução da sua parte, usar esse dinheiro para mudar a sua vida!
Você pode até dizer que não adianta ficar dando esmola, mas há outro jeito? Há outro jeito de distribuir renda? Pode até haver muitos, mais é de longo prazo... O Brasil não pode e nem deve mais esperar!
A lógica é a seguinte, dá-se esse benefício às pessoas carentes, elas acabam tendo poder de compra e logo a um fortalecimento da classe média, melhorando e muito a economia. Segundo dados divulgados, o Bolsa Família está sendo o responsável por tirar milhões de brasileiros do estado de miséria e ingressando muitos na classe média!
Precisa dizer mais alguma coisa? Eu simplesmente acho que a carta acima, já esclarece tudo!

A Globo séria?

A Globo Comunicações e Participações S/A ganhou, da Standard & Poor’s (S&P), agência de ratings, o reconhecimento de ser um grau de investimento confiável. Até aí tudo bem... Se a notícia não fosse tão comemorada como foi no Jornal Nacional de semana passada. Todos nós sabemos que a emissora de Roberto Marinho, é líder de audiência e produção própria de qualidade inquestionável, mas Willian Bonner foi além ao contar no Jornal Nacional que era séria e responsável.
Sabe o que mais me preocupa? O que mais me preocupa é o brilho no olhar das pessoas ao ligarem para o Criança Esperança (programa voltado a arrecadar recursos em parceria com a UNESCO) doando o seu dinheiro, satisfeita por estar ajudando e dando todos os créditos e elogios a emissora.
O projeto é realmente muito válido, ajuda crianças que precisam em todos os cantos do Brasil, e faz com que nós brasileiros tenhamos consciência do nosso papel. Mas sabe o que verdadeiramente me irrita? A Globo entra em horário nobre com participações de artistas que não cobram cachê, leva ao ar o programa com shows e apresentações, ganham muito mais em propaganda, e toda a arrecadação sai do nosso bolso,o projeto fica somente nas nossas custas! A Globo fica com o título de boazinha, ganha dinheiro com a nossa audiência e pronto. Já parou para pensar quantos milhões ela coloca no bolso, em uma propaganda no horário do Criança Esperança? Seria realmente uma emissora séria, se doasse esse faturamento ao projeto.
A Globo responsável? Circula na internet que o quadro “Lata Velha”, comandado por Luciano Huck no programa “Caldeirão do Huck”,é uma farsa. Segundo a matéria, um senhor foi enganado pelo programa, pois a produção não conseguiu consertar o seu carro e comprou outro no lugar, fraudando documentos. O senhor chamado João Marcelo Vieira de 37 anos, processa a emissora por fraude e também acusa o diretor Aloísio Legey de tentar comprar o seu silêncio com suborno.
Já pensou do que mais a emissora tem coragem de fazer, após fraudar documentos para comprar um carro. De que mais ela é capaz?
E para quem ainda não acredita, aqui vão os dados do processo em andamento: Se entrar no site do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e fizer a consulta de processo pelo número 2007.203.000972- 9. Obtém-se resultado.
Regional de Jacarepaguá Cartório da 1ª Vara Cível Endereço: Professora Francisca Piragibe 80 ForumBairro: Taquara Cidade: Rio de Janeiro Ofício de Registro: 1º Ofício de Registro de Distribuição Tipo de ação: Indenização Por Danos Morais, e materiais C/C Obrigação de Fazer Rito: Ordinário Autor JOÃO MARCELO VIEIRA Réu REDE GLOBO DE TELEVISÃO LTDA e outro(s)... Advogado(s): RJ105797 - FABIA ANDREA BEVILAQUA VALEIKO

Quem matou?

Um dos grandes shows que a televisão nos dá é o entretenimento, em especial as novelas que usam e abusam do imaginário das pessoas, fazendo com que muitas virem detetives pra descobrir, analisar e investigar, quem foi o assassino da história.
Nos últimos dias em várias revistas, programas de televisão, comentários e até em reportagem no Fantástico, ouvíamos a indagação de quem havia matado o Marcelo na novela “A Favorita”, eram ouvidos especialistas e o próprio público que dava seu palpite.
A novela foi ao ar e o mistério obteve o seu fim, onde tive que protagonizar uma verdadeira palhaçada, onde se via na televisão um show de mentiras, traição...
Ano passado, o Brasil havia parado para tentar descobrir quem tinha matado a personagem da Taís na novela (novela da qual nem lembro o nome).
Quem matou Marcelo?
Quem matou Taís?
Quem matou Lineu?
Quem matou Odete Roitman?
E eu pergunto: Quem matou as verdadeiras novelas?
Quem matou a magia dos personagens?
Quem matou o brilho das histórias?
Novela bem feita está ficando difícil de ser encontrada, talvez ainda possamos nos salvar com as reprises das novelas mexicanas exibidas no SBT. Mas o fato é que as novelas não são mas as mesmas. Não há nada de novo que possa prender o seu público. As bonitas histórias de amor estão sendo trocada por brigas, violência...
Mas afinal...Quem matou as verdadeiras novelas?

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

A crítica

Eu relutei muito em escrever algo sobre esse assunto, pois inúmeras vezes as pessoas resolvem torcer o nariz, principalmente quando você resolve expor todas as suas idéias e quase sempre ela é contrária à maioria.
Continuo aqui e sabe no que eu realmente acredito? Acredito que de alguma maneira, apenas tentando ou não cruzando os braços, deve existir alguém nesse mundo, que ao ler conjunto de idéias, críticas e matérias de muitas pessoas que tentam de alguma maneira protestar, devem absorver alguma coisa positiva.
Muitas vezes resolvem me criticar, também dizendo coisas que eu já estou cansada de ouvir, como você não vai mudar o mundo, você vai se formar em jornalismo e não vai conseguir concluir 10% dos seus projetos, você terá que trabalhar em um veículo de comunicação e não terá opinião, você está iludida e assim por diante, frases feitas e repetidas que já me cansaram.
Mas sabe qual outra coisa que eu realmente acredito? Acredito piamente que é muito melhor falhar, do que viver se lamentando com a cabeça baixa. É melhor tentar algo em vão do que não fazer absolutamente nada. É melhor chorar por causa de uma derrota, do que sentir a vergonha de jamais ter lutado.
“O que me preocupa não é o grito dos maus, mas sim o silêncio dos bons”, essa frase de Martin Luther King serve para ilustrar, que muitas pessoas já entraram em um estado de conformismo.
Assusta-me saber que quando alguém se atreve, ou tem a petulância de tentar algo, já vem àqueles contrários que tentam de toda a forma te derrubar, como se pudessem prever que essa pessoa não irá a nenhum lugar.
Já pensou o que seria de alguns líderes se tivessem o intuito de parar com suas revoluções, se já tivessem de início o medo da derrota?