quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A honestidade


Lourença Paula da Cunha, uma mulher de 55 anos, catadora de materiais recicláveis, encontrou pacotes de lixo com a quantia de cerca de R$ 40 mil em um supermercado de Penápolis, interior de São Paulo. Ela devolveu o dinheiro ao dono do estabelecimento comercial, que calculou a quantia de dinheiro que havia nas sacolas. Ela contou que quando chegou em casa para separar o material que havia recolhido, se espantou ao ver tantas notas de R$ 50, além de vários cheques pré-datados e até dólares.Lourença disse que achou que o dinheiro fosse de mentira. Mas, quando descobriu que o dinheiro era real, se lembrou de onde havia retirado as sacolas, voltou para o supermercado e devolveu toda a quantia. Ela acabou recebendo R$ 200 de recompensa. A catadora mora em uma casa de cinco cômodos com o marido, dois filhos e quatro netos. Há cinco anos, Lourença é voluntária no Fundo Social de Solidariedade de Penápolis.
Notícias como esta, que ocorreu em fevereiro deste ano, povoam jornais e revistas quase que cotidianamente. São pessoas humildes, trabalhadores que encontram quantias muito superiores ao que podem ganhar com o esforço de seu trabalho por mês, mas que optam por devolver o que não é seu. O que deveria ser normal, acaba sendo manchete para comoção nacional, pois com tanta injustiça e desonestidade, fatos como esse acabam virando exemplo, e as pessoas envolvidas viram super-heróis.
Em meio a tanta corrupção, tanta impunidade, pergunto: E nós, será que cumprimos o nosso papel com dignidade? Damos bons exemplos? Segundo pesquisa realizada pela revista Vida Simples neste ano, algumas pessoas costumam não exercer sua cidadania. Elas mentem e enganam quase que diariamente. Sentem prazer em passar a perna nos outros, e tirar vantagem em tudo. Costumam também maquiar esse tipo de comportamento afirmando que é tudo no “jeitinho brasileiro”.
Segundo estudo publicado na revista Istoé, colar dentro de sala de aula, já é encarado com naturalidade. “Colar” em provas escolares, quando se é criança ou adolescente, é considerado pela psiquiatria um forte indicativo de possível transtorno de conduta na juventude, e transtorno da personalidade antissocial na vida adulta. Prova disso é que a Classificação Internacional de Doenças (CID-10) e o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) abrem capítulos específicos para a “cola”. Quem cola tem quatro vezes mais chances de enganar o chefe quando se tornar um profissional, três vezes mais chances de não devolver um eventual troco a mais na compra de um produto, além de apresentar forte tendência para mentiras e burla de dados e informações.
A justiça brasileira, a que deveria dar os grandes exemplos, continua a promover injustiças. Dos 130 processos distribuídos no STF nos últimos 19 anos, apenas seis foram julgados e absolvidos. Outros 46 foram remetidos à instância inferior, 13 prescreveram e 52 continuam em tramitação. No STJ, dos 483 processos recebidos de 1989 até junho de 2007, 11 foram absolvidos, cinco foram condenados e 71 prescreveram. Foram remetidas à instância inferior 126 ações, e ao STF, 10 processos. Ainda há 81 ações em tramitação.
A desonestidade existe em muitos setores. Não é só na política!O Brasil recebeu a nota miníma de 3,7 em honestidade no ano passado entre sua população. Muitos apontam o dedo para Brasília, mas não se conscientizam que cumprir seu papel mesmo que pequeno, impede que ela continue se expandindo. Não sabem que a corrupção está refletindo o que acontece na sociedade. Não podemos deixar que a honestidade seja apenas privilégio de poucos! Devemos parar de aceitar de vez, que desvios de dinheiro, trapaças e mentiras sejam normais.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A Criminalidade


Após meses de investigação conjunta com a Polícia Federal, duas quadrilhas formadas por jovens da zona sul do Rio de Janeiro foram desmontadas. Dezenas de frequentadores de academias, surfistas e moradores de prédios da área mais valorizada da cidade foram presos. Os criminosos tinham dinheiro, frequentavam restaurantes e danceterias e vinham de famílias ricas.
De acordo com especialistas, a ação que ocorreu em fevereiro deste ano nos aponta um dado alarmante que está crescendo no Brasil. A classe média e alta também está no crime. A participação de garotos endinheirados em atividades como tráfico, roubos e sequestro é um fenômeno que não é só dos cariocas.
Os dados da criminalidade no Brasil, também desmistificam uma grande injustiça. Um preconceito que hoje não tem mais razão de ser. O fato de que a criminalidade sempre esteve ligada à pobreza.
Segundo a última pesquisa da Fundação Casa em São Paulo, 28% dos internados da Febem são oriundos da classe média. Pessoas que tinham dinheiro, carro, e o pior, a oportunidade que tanto falta aos moradores de baixa renda.
Criminalidade e pobreza não andam juntas. Há trabalhadores honestos nas comunidades pobres. A desonestidade não se restringe a guetos. Os tiros e os bandidos não se restringem as maiores favelas. Há bandidos em suas casas confortáveis e frequentando as melhores universidades do país.
Durante muito tempo, houve no Brasil apologia ao uso de drogas em músicas e principalmente na televisão. Era o mocinho sedutor que não largava o cigarro, e hoje já são até afastados das novelas por não aguentarem mais. Os formadores de opinião, aqueles que sempre estão atrás das telas, que deveriam dar o exemplo, chegam a promover passeatas contra as drogas e a favor da paz, mas ninguém vê um problema ainda pior. Quem financia os traficantes são as pessoas que possuem dinheiro, são elas que compram e continuam a financiar.
A criação de condomínios fechados protegidos por grades e câmeras, está longe de ser a solução para o problema de segurança. Isolar as favelas, e atribuir-lhes a responsabilidade pelo crescimento do império do crime, é ainda pior.
Vamos continuar julgando pobre como criminoso, e continuar alimentando esse apartheid social alimentado pelo preconceito?

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

"Eu tenho um sonho"


"Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado". Foi esse o principal discurso proferido por Martin Luther King, um dos mais importantes ativistas que lutou pelos direitos civis para negros e mulheres nos Estados Unidos e no mundo, através de uma campanha de não-violência e de amor para com o próximo. Ele organizou e liderou marchas para conseguir o direito ao voto, o fim da segregação, e também pela discriminação no trabalho. Martin Luther King foi a pessoa mais jovem a receber o prêmio Nobel da Paz, e seus ensinamentos penduram até hoje, como um exemplo de quem foi atrás de um sonho e não se acomodou diante de tanta injustiça.
A falta de um sonho, de um ideal, pode ser um dos grandes males que nós enfrentamos. O que a maioria das pessoas não sabe, é que o sonho pode transformar a nossa realidade.
O sonho faz parte da essência humana. Somos movidos a todo instante, de motivações, desejos, necessidades, e motivos para permanecermos entusiasmados. Diversos líderes mundiais usaram o sonho como um combustível de fé, de força e de garra.
Por detrás de um convento, surgia Madre Tereza de Calcutá. A fome, a miséria e a pobreza na Índia, a chamaram para fazer a diferença e a missão de ajudar. Abandonou suas funções de monja, renunciou todos os bens materiais e começou na Índia uma congregação de caridade, cujo objetivo era ensinar as crianças pobres a ler. A madre é exemplo mundial de luta pela pobreza.
Barack Obama é o primeiro presidente negro a presidir o comando dos Estados Unidos da América. Sua campanha teve como base o discurso"Sim, nós podemos" e levou uma nação inteira a honrar esse slogan e acreditar que era possível construir um novo país. A campanha foi brilhante, se analisarmos que foi através do resgate de um ideal, de confiança, de um sonho de acreditar e poder, que fizeram com que transparecesse nas urnas.
Outro exemplo de determinação e coragem, e é respeitado até hoje, mesmo com os que não compartilhan suas idéias socialistas é Che Guevara. Sua imagem é um símbolo eterno de rebeldia, de incorformismo contra as injustiças sociais vigentes no mundo.
Segundo reportagem publicada na Revista Vida Simples do ano passado, mostra que as pessoas não buscam um sonho,e não acreditam muito que existam líderes políticos bem intencionados.
Diante de tantos esforços e tantas lutas que deram certo, fica o legado: Sonhar vale a pena. Desafiar a todos em prol de um ideal vale a pena. O sonho é uma maneira de construirmos um mundo cada vez melhor.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Falta Consciência e Ação


A lei Antifumo é uma lei que visa proteger a saúde de pessoas que não possuem o hábito de fumar. No Brasil, são 200 mil mortes por ano, o que significa aproximadamente 7 mortes por dia, de não fumantes, ou seja, pessoas que exalam a fumaça alheia. A lei já existe em outros países, uma tendência mundial no combate ao tabagismo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o fumante passivo é a terceira maior causa de mortes evitáveis no mundo.
Essa lei, vem incrementando outra que foi implantada em junho de 2008. A Lei Seca, que alterou o Código de Trânsito Brasileiro, veio para provocar uma mudança de hábito na população brasileira, proibindo o consumo de bebida alcóolica em condutores de veículos. Uma tentativa de evitar e diminuir os acidentes de trânsito.
É fato que ambas as leis, vem com o intuito de causar impacto em nossas ações. Mudar nossos comportamentos. Chamar a atenção para que as pessoas prestem atenção e reflitam que seus atos estão comprometendo a vida e a saúde de outras pessoas. Pergunto: Elas precisavam existir?
Se todas as pessoas tivessem a consciência de não fumarem em lugares públicos, não haveria a Lei Antifumo. Se não existissem motoristas embriagados, a Lei Seca não teria motivo nenhum de existir.
A solução está na individualidade de cada pessoa. Na consciência que elas deveriam ter em agir. Cumprir com o seu papel. Fazer a sua parte, mesmo que pequena e simples que possa parecer. Essas atitudes, poderiam ajudar a melhorar o país em que vivemos.
Já tive a oportunidade de participar de uma reportagem cujo título era "Faça você mesmo". Contamos muitas histórias de pessoas que cansaram de reclamar e cruzar os braços e resolveram agir. A reportagem foi composta por pessoas que prestam serviços voluntários. Dentistas que atendem gratuitamente e até Conselhos de Segurança, cuja a finalidade é ajudar a polícia no combate a violência.
Esses dias, estava lendo na revista Istoé uma entrevista com o ator Pedro Cardoso, que faz campanha contra a pornografia e cenas de nudez na televisão. O ator espera por uma resposta do público, pois sabe que é o público, o maior responsável por essa prática comum no Brasil. O público brasileiro, parece que já se acostumou em ter que muitas vezes, tirar as crianças da sala.
A falta de participação popular, de uma ação individual, também está presente na política. Uma pesquisa realizada pela Associação de Magistrados(AMB) mostra que 85% dos brasileiros crêem que os políticos só atuam em causa própria. A abstenção de votos nas eleições, também vem se tornando comum.
Essa realidade pode ser revertida quando o cidadão começa a se conscientizar que ele deve tomar as decisões, e também deve participar da política. Somos vítimas de políticos corruptos que estão em seus cargos há anos e não largam. Talvez pelo motivo das pessoas terem tanto desinteresse, que vão lá e votam no mesmo.
Sem participação, não há renovação.A falta de renovação chegou a preocupar o presidente Lula, que em discurso proferido para estudantes disse a seguinte frase: "Talvez o político ideal não está em mim, não está em ninguém, está dentro de você". Faço minhas, as palavras do presidente.

domingo, 13 de setembro de 2009

Não é mais como no tempo da minha vó


É costumeiro ouvirmos de nossos avós histórias sobre o passado, histórias que estão vivas na memória de cada um. Consigo até me imaginar naquele tempo, onde os namorados namoravam no sofá de casa, sob os olhares atentos dos mais velhos. Onde a televisão ainda era em preto e branco, mas não tiravam o brilho e o encantamento. Onde a comunicação era feita por cartas e demoravam dias para chegar. Eram sempre notícias de parentes distantes, lembranças de amigos, e aquela magia de serem escritas com o próprio punho.
Lendo diversas cartas que meus avós recebiam,fico imaginando o quanto era difícil a comunicação. O quanto era difícil uma notícia urgente chegar as mãos de quem precisava saber. Hoje, já podemos mandar e-mail, recado no orkut ou facebook, e até seguir no twitter. Tudo muito prático, rápido e acessível, quando falamos em tudo o que a internet pode nos proporcionar.
Segundo um estudo feito pelo vice-presidente de uma empresa de marketing norte-americada, Erik Qualman, as pessoas que estão nascendo nesta geração, atingirão o maior nível de adeptos das mídias sociais, cerca de 96% terão um perfil no orkut, facebook e Myspace. Essas redes de interações, já ocupam o primeiro lugar em atividades na web.
O namoro também muda nessa revolução.Não é mais como atigamente, quando os namorados iam pedir a mão da namorada. Hoje, estima-se que de um em cada oito casamentos tenham ocorrido devido as mídias sociais, ou seja, casais que se conheceram graças as novas ferramentas de comunicação. Somente o facebook conquistou a marca de 100 milhões de usuários em 9 meses, enquanto o rádio levou cerca de 38 anos para conquistar 500 milhões de ouvintes. Se fosse um país,o facebook seria o quarto maior do mundo entre os Estados Unidos e a Indonésia. No entanto o Ozone da China é ainda maior, com cerca de 300 milhões de usuários.
No Brasil, o orkut conquistou e conquista milhões de adeptos. É a mídia social que ganhou o grande público brasileiro. São diversas pessoas que compartilham recados, fotos, depoimentos e vídeos. No tempo da minha vó, as únicas fotos que existiam eram aquelas em preto e branco da família toda.
O twitter também torna-se uma ferramenta muito utilizada. Podemos resumir em 140 caracteres o que estamos pensando, ou o que vamos fazer. Há pessoas que são seguidas por internautas que ultrapassam as populações da Irlanda, Noruega e Panamá. Os blogs também são utilizados por cerca de 200 milhões de pessoas no mundo, e 54% delas escrevem neles diariamente.
Hoje, já não precisamos recorrer a bibliotecas com aquelas gigantescas enciclopédias, para fazer alguma pesquisa escolar. Basta só alguns minutos no Wikipédia, que contém 13 milhões de artigos, ou acessando os cerca de 100 milhões de vídeos no youtube.
Ganha-se na mudança fundamental que está ocorrendo no modo em que nos comunicamos, pois a tecnologia está a nosso favor. Perde-se no que diz respeito ao exibicionismo e a intimidade. Segundo pesquisa realizada pela revista Veja, as pessoas pagam caro pela exposição aberta na internet. Está tudo lá para quem quiser ver. O que você pensa, fotos da família e namorado, músicas que você ouve, e até grande parte de sua personalidade. Um lugar onde não há privacidade alguma. As pessoas parecem não se importarem nem com a imagem que elas estão passando.
Já não é mais como antigamente. As pessoas namoram, quando ambas atualizam o relacionamento no orkut. Tiram fotos digitais de tudo e em poucos minutos cai na rede. É como se gritassem para que todos viessem lá para ver. Devemos saber aproveitar as mídias sociais. Utilizá-las para novos contatos. A expansão da comunicação continua. Há quem diga que o Google sabe mais de você, do que você mesmo, mas no entanto, devemos tomar o maior cuidado e não devassar a nossa própria vida na rede.

domingo, 16 de agosto de 2009

A fé move montanhas?


O Ministério Público de São Paulo vai pedir a cooperação internacional para investigar os crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, praticados pelo bispo Edir Macedo e outros líderes da Igreja Universal do Reino de Deus. Levantamento feito pelo Ministério Público e pela Polícia Cívil mostra que a igreja movimenta cerca de 1,4 bilhão por ano no Brasil, dinheiro pago através de dízimos de seus milhares de fiéis espalhados por 4,5 mil templos instalados em mais de mil cidades. Acredita-se que o volume em dinheiro movimentado entre 2001 e 2008, chega a quantia de R$ 8 bilhões.
Todos os dias em algum lugar do Brasil é aberta uma nova igreja, seguindo a mesma linha da Universal. Segundo o ISER (Instituto Superior dos Estudos da Religião), só no Rio de Janeiro surgem cinco novas igrejas por semana. Elas começam pequenas, com um amontoado de bancos, alguns fiéis e seu comandante que se denomina "pastor" que pega a biblía e começa a tomada de mais um grande empreendimento. São seguidas por pessoas simples, humildes, com renda familiar de até três salários mínimos e estima-se que tenham estudado até a sexta série. São presas fáceis e acreditam no principal discurso da igreja, que se doarem muito dinheiro, ganharão muito mais e ainda serão abençoadas por Deus.
Essas pessoas ainda não se deram conta que a fé não é um produto de venda. Ela não é comércio! Como elas podem achar que com tantas pessoas na miséria, elas serão abençoadas dando dinheiro a igreja? Que empreendimento é esse que pega as pessoas mais frágeis, para manipular?
Muitas vezes a ousadia é tanta que elas chegam a abusar da criatividade dos nomes. Eis alguns: Igreja Serpente de Moisés que Engoliu as Outras, Cuspe de Cristo, Bola de Neve, Jesus Vem e Você Fica, Cobrinha de Moisés, Papagaio Santo que Ora a Biblía, Fiel até Debaixo D'água, Pronto Socorro das Almas, Vencedores Salvos da Macumba, Linha Direta com o Paraíso, entre outras bizarrices. Com nomes assim, fica cada vez mais difícil não acreditar que seus seguidores, tenham sido vítimas de alguma espécie de "lavagem cerebral".
Segundo alguns depoimentos de quem seguia a igreja do bispo Edir Macedo, eram feitas campanhas loucas que exaltavam o capitalismo. Uma delas consistia em dar 10 e receber 1000 de volta. Há relatos de pessoas que deram tudo o que juntaram durante a vida inteira. Também havia o recolhimento de jóias como sinal de desprendimento. Será que o bispo fazia semelhante prática com suas milionárias mansões?
A desenfreada ganância continua fazendo vítimas. Nem o nome Daquele que pregou o bem e a paz a humanidade é respeitado. A fé move montanhas- Quem nunca ouviu esse discurso biblíco proferido em qualquer religião? No Brasil não move apenas montanhas. Move pessoas que na ânsia de ficarem ricas, dão tudo o que tem. Movem líderes religiosos a roubar e mentir. A fé move milhões em dinheiro. Move templos a não praticar a caridade e enganar os mais humildes, que precisam tanto de ajuda.

Obs: Queria observar que esta postagem tem o único interesse de atingir a Igreja Universal e seus segmentos, não outras religiões. Conheço espirítas, evangélicos e respeito todos!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A lenda dos caras-pintadas


Caras-pintadas foi um movimento estudantil brasileiro que aconteceu no decorrer do ano de 1992. Tinha como principal objetivo o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello. O movimento baseou-se nas denúncias de corrupção que pesaram contra o presidente e suas medidas econômicas. Contou com milhares de jovens em todo o país. O nome caras-pintadas referiu-se à principal forma de expressão, símbolo do movimento: as cores verde e amarelo pintadas no rosto.
Desde que nasci em Abril de 1989, ouço muitos comentários e histórias sobre os caras-pintadas. Consigo até ver nos olhos, o orgulho de quem conta ter vivido nesta época. Época em que o país não deixou impune seu presidente corrupto.
Diversos jovens brasileiros pegaram o país nas mãos, queriam uma ideologia para viver. Mas hoje, diante de tanta impunidade, tantos escândalos. Pergunto: E os jovens? Onde estão os caras-pintadas? Cadê a indignação?
Segundo reportagem da Revista Veja de Fevereiro deste ano, os jovens dessa geração são filhos da evolução tecnológica, vivem no mundo digital, são pragmáticos, pouco idealistas e estão mais desorientados do que nunca. São vazios de idéias e ideais. Ainda nesta reportagem, os jovens que nasceram a partir de 1990 não almejam fazer nenhum tipo de revolução, como sonhavam os jovens dos anos 60 e 70. Mudar o mundo não é com eles. O que querem mesmo é ganhar um bom dinheiro em seu trabalho.
Os caras-pintadas deixaram uma lição. Um verdadeiro legado para essa geração. Mas será que os jovens atuais, querem permitir toda essa corrupção como está? Como é possível terem se acomodado tanto?
Segundo estudo feito por um coordenador da Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas(FGV), o Brasil paga caro pelo aumento da corrupção. A perda provocada por fraudes públicas no país, atinge a casa de US$ 3,5 bilhões por ano. Dados da Ong Transparência Internacional mostram que o Índice da Corrupção no Brasil é semelhante ao de países como Belize, Sri Lanka, Peru e Kuwait.
Em apenas dois escândalos - o superfaturamento do Tribunal Regional do Trabalho(TRT) de São Paulo pelo juíz Nicolau dos Santos Neto, e o dos sanguessugas, a população perdeu cerca de US$ 150 milhões. No estudo ainda é constatado que muito desse dinheiro, poderia abrigar muitas famílias, ajudar na melhoria da infraestrutura da educação brasileira. Menos dinheiro,também significa menos trabalho e renda.
Já se passaram 17 anos do movimento. O Brasil ainda precisa de revolução. Escândalo é o que não falta! Não dá para cruzar os braços e ficar assistindo tudo. Em quase duas décadas, daria tempo para dar um basta em tanta impunidade. O movimento caras-pintadas parece se tratar de uma lenda. Uma lenda perdida na história brasileira. Onde um dia, a juventude se uniu em prol do país. Será que o verde e o amarelo já se apagaram? Será que ainda continuaremos contando isso as próximas gerações, acompanhados de apenas boas lembranças?

Obs: Não quero cometer nenhuma injustiça, portanto quero dizer que conheço jovens que estão fora desta estatística e almejam como eu, algum tipo de revolução. Essa postagem, conta com dados de revistas e estudos que li e analisei cuidadosamente.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

A polêmica do Bolsa Família


Essa semana muitos veículos de comunicação, acompanhando o anúncio de que o Bolsa Família seria reajustado, aproveitaram para dar ênfase a um estudo de Maurício Canêdo Pinheiro da Fundação Getúlio Vargas, que mostrou que 3% dos votos de 2006, foram graças ao Bolsa Família. Agora muitas pessoas podem comemorar,a afirmação que o programa é eleitoreiro conta com um embasamento científico. Só ainda não se deram conta que esses 3%, pelo que tudo indica, não chegam a arranhar os 60% restante.
Não concordo que o benefício é uma forma de assistencialismo, fazendo com que a maioria dos brasileiros se acomode nesta situação. Estamos falando de milhares de pessoas Brasil afora, que em pleno século XXI, não sabiam o que era ter energia elétrica em casa e que não tinham a mínima condição de subsistência. Não estou falando apenas do Nordeste. Estou me referindo também de cidades aqui mesmo no Paraná, como Ortigueira por exemplo, que conta com um pífio IDH. São pessoas que precisam de uma oportunidade. Muitos brasileiros no conforto de suas casas, não enxergam que existem pessoas vivendo em condições sub-humanas.
Segundo reportagem recente, a revista britânica The Economist afirmou que o Bolsa Família está ganhando adeptos no mundo inteiro.Iniciativas semelhantes estão sendo testadas em larga escala em outros países da América Latina. De acordo com informações, ainda nesta reportagem, o programa brasileiro contribuiu para a taxa de crescimento no Nordeste acima do nível nacional. Ajudou a reduzir a desigualdade de renda no Brasil e o aumento no poder de compra. A revista também chama de injusta a acusação de que o Bolsa Família é eleitoreiro.
Muitas pessoas são adeptas da ideia de que só serve para alavancar votos. Mas se o programa fosse eleitoreiro, qual o problema? Não vejo nada de errado em tentar defender a sua classe. Por que os sem-terra podem votar em candidatos que defendem a reforma agrária? Por que os banqueiros podem votar naqueles que defendem os seus interesses? Por que só os mais pobres, não tem direito de votar em quem defende eles?
Só no ano passado, mais de 60 mil famílias pediram o desligamento do programa. Agradeciam e reconheciam que o dinheiro que recebiam, ajudava no alimento e proporcionava melhores condições para que pudessem entrar no mercado de trabalho. Agora queriam dar a vaga a outros que mais precisavam.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social(MDS), desde 2003, 14 milhões de pessoas deixaram a pobreza extrema e agora estão em melhores condições de vida. A classe média está crescendo e se fortalecendo com maior poder de compra, sendo um impacto muito positivo contra a crise, pois o pobre agora também está consumindo. Para quem acha que o benefício é só dinheiro na mão, está enganado. Segundo Patrus Ananias, o Bolsa Família não é um programa isolado. Está integrado também em uma grande rede nacional de promoção social, pois conta com o Centro de Referência de Ação Social(Creas), com 4 mil instalações e profissionais como psicólogos e assistentes socias, que dão apoio ao acolhimento de pessoas, alfabetização, conhecimento de informática e tecnologia, restaurantes populares, captação da água da chuva no semi-árido e também políticas de qualificação e geração de emprego e renda. A ideia é que depois do benefício, as pessoas possam ter condições de caminhar com as próprias pernas.
Muitas pessoas ainda vivem no preconceito de que os nordestinos ou os acomodados é que precisam de ajuda. Na verdade, parecem tapar os olhos e não enxergar uma realidade que incomoda. Uma imensa desiguldade social,um dos principais problemas do país. Apoiar políticas socias não é sustentar pessoas que não querem trabalhar, mas sim contribuir para um mundo mais justo e mais humano.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Não agimos pela razão


Nos últimos dez anos, 42 torcedores morreram em conflitos dentro, no entorno ou nos acessos aos estádios de futebol. Os dados foram estudados por um sociólogo e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maurício Murad, baseado em dados fornecidos por jornais, revistas e rádios das principais cidades do país entre os anos de 1999 e 2008.
Neste período a média ficou em 4,2 mortes em cada ano. No período entre 2004 e 2008 o número de mortes totalizava 28, uma média de 5,6 por ano. A proporção é ainda maior se contabilizarmos somente os últimos dois anos, com 14 mortes, média de sete por ano, constatando que está cada vez maior o número de óbitos entre as torcidas de futebol.
Esses números são alarmantes e servem para ilustrar que nós humanos, não agimos pela razão. As pessoas são fanáticas, escravizadas pelo amor que dedicam ao time, e muitas vezes usam o seu clube como uma religião a ser seguida. O fascínio é tanto que hoje é crescente o número de veículos de comunicação que tratam a maior parte de seu tempo, a falar de clubes, de contratações e tudo o que envolve esse universo. O estudo de Murad, também constata que as vítimas nos estádios são jovens entre 14 e 25 anos, e que não eram ligados a práticas de nenhum tipo de violência.
Que dedicação é essa que levam os torcedores a morte? Que não leva em consideração, que é apenas um confronto entre dois times? Será que nunca pararam para refletir, que não vão ganhar nada com isso? Que os jogadores do seu clube, na maioria das vezes nem sabe que você existe?
Quer outro exemplo que somos escravizados pelas nossas emoções? Michael Jackson morreu e mobilizou o mundo inteiro. Seu funeral foi o mais assistido da história, e suas composições bateram recordes de vendas. Foram mais de 750 milhões de discos nos diversos cantos do planeta. Ele era amado por japoneses, alemães e até por presos finlandeses. A receita de seu sucesso não era devida somente ao seu brilhantismo como músico e dançarino, iam muito além. Michael Jackson fez com que as pessoas não apenas ouvissem suas músicas, mas que as sentissem e que se entregassem a emoção. Não foi do nada que ele virou a estrela que era, desde muito novo, emocionava grandes platéias.
Outro exemplo de nossa servidão a emoção são as novelas. São tantos folhetins, tantas histórias envolvidas e uma única certeza,o grande sucesso que faz. Um estudo do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID) analisou o papel das novelas na sociedade brasileira e constatou que ela desempenha um papel crucial na circulação de ideias. Também foi a grande responsável pela queda na taxa de fertilidade e o aumento do divórcio entre os anos de 1970 e 1991.
Segundo o estudo, hoje sessenta a oitenta milhões de brasileiros assistem regularmente as novelas brasileiras. A Globo domina a produção nacional, as quais geralmente mostram um modelo de família muito específica, pequena, atraente, branca, saudável, urbana, de classe média ou alta e muito consumista, que está muito aquém de nossa verdadeira realidade.
É fato que esse e outros estudos concluem o mal que elas nos fazem, muitas vezes até nos alienando. Mas nunca nenhum programa conseguiu a audiência que elas conseguem. As histórias que sempre fazem o maior sucesso e na maioria das vezes, fazem o país parar em horário nobre, são as que tratam de romances. Isso prova que quase sempre agimos pela emoção. Não pela razão.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Eu também quero o meu castelo!


O deputado Edmar Moreira, foi acusado de possuir um castelo avaliado em R$ 25 milhões e não declarou ao Imposto de Renda, ao que tudo indica o deputado fazia sonegação fiscal, além de usar indevidamente as verbas que recebia da Câmara. Em ambos os casos, ele passou ileso sem nenhuma punição e agora pode desfrutar de sete mil metros quadrados de área construída, oito torres, 36 suítes, 18 salas, piscina com cascata, fontes, espelhos d’água e 275 janelas.
O castelo fica localizado em São João do Napunemo(MG) e serve de casa de campo para passar os finais de semana, além de tudo, receber convidados ilustres como Itamar Franco. Só esqueceram de avisar ao nobre Edmar Moreira, que julgando pela opulência da obra é muito difícil acreditar que ela se encontra em território brasileiro, e que ele está muito aquém de uma dura realidade.
No Brasil o sexto Artigo da Constituição garante moradia digna a todo brasileiro com saneamento básico, coleta de lixo e abastecimento de água. Só no Brasil são 2.360 milhões de domicílios em favelas. Cerca de 70% dessas favelas se concentram nas 32 maiores cidades do país. O empobrecimento empurra cada vez mais pessoas a morarem em favelas, sem a dignidade garantida pela Constituição.
Só na cidade de São Paulo, os favelados eram 1% da população em 1973, hoje um estudo feito pela prefeitura, identifica 2.018 favelas, com 378.863 domicílios para 1.16 milhões de pessoas. A maior parcela de necessidade habitacional concentra-se nos Estados do Nordeste (38%) onde o IBGE também aponta problemas graves de esgoto e água encanada.
A má situação de moradia no Brasil, impressionou até o relator especial das Nações Unidas, que esteve no país no ano passado e classificou as favelas de Recife e Fortaleza como as piores do mundo. Situações como vilas rurais, quilombos e até tribos indígenas também foram analisadas em todo o país e classificadas como muito perturbadora.
O relatório reconheceu a boa vontade do governo brasileiro, em acabar com essa situação. Casos como o Edmar Moreira, não devem passar esquecidos. Fica cada vez mais claro que não vivemos em um país justo. Sua grandiosa obra foi construída com dinheiro de nossos impostos, e que se ele tem o direito a ter um castelo, todos nós brasileiros temos esse mesmo direito.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Violência contra Homossexuais


A Declaração Universal dos Direitos Humanos prevê que todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e a segurança pessoal, sendo todos iguais perante a lei, com direitos e proteção contra qualquer discriminação. Devem ter acesso à liberdade, sem distinção de qualquer tipo, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião e opinião política.
O documento assinado em 1948 também afirma que todos nascem livres, iguais em dignidade e devem ter espírito de fraternidade com seus semelhantes.
Todos os itens soam muito utópicos e inatingíveis nos dias de hoje, principalmente as agressões tão constantes contra os gays. Só na Parada do Orgulho Gay realizada em São Paulo no mês passado, 44 pessoas foram agredidas por grupos de intolerância causando mortes.
Pesquisa realizada pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) em uma manifestação gay na cidade, aponta que 64% dos homossexuais já sofreram agressões. A violência verbal foi o tipo mais comum, citada por 45,5%, seguida pela física, com 21,6%, e muitos declararam ter sofrido mais de uma forma de agressão. Chantagem ou extorsão (15,9%) e violência sexual (11,4) foram outros tipos citados. Os transexuais foi o grupo mais violentado: 76,9% afirmaram terem sido agredidos.
No que se diz respeito à discriminação, 70% dos gays afirmam sofrer algum tipo de preconceito. Já encontramos também a discriminação no mercado de trabalho, onde na Bahia, já foi criado um grupo chamado de Grupo Gay Baiano, a mais antiga associação de defesa dos direitos humanos dos homossexuais do país. O principal objetivo é lutar contra qualquer forma de preconceito, organizando diversos encontros e palestras informativas e ajuda as vítimas de discriminação com um serviço de esclarecimento dentro das empresas.
O grupo guarda um grande arquivo com casos de preconceito nas mais diferentes situações de trabalho. Desde atores que são insultados na rua por interpretarem homossexuais, até casos mais graves, como demissões provocadas por denúncias, muitas vezes infundadas, até dispensas com alegação de falta de interesse.
A maior parte da sociedade brasileira tem uma postura bastante prejudicial quanto a este tema, e na maioria das vezes fechando os olhos e condenando os gays. Muitos também condenam a Parada Gay, não relevando o fato que a manifestação é um grito para a sociedade de que eles precisam de apoio e garantia de seus direitos preservados, como a liberdade de escolher sua orientação sexual.
A melhor forma de combater à intolerância é o trabalho e o cuidado que devemos ter com esse assunto. Ou seja, que existem diferenças e que de maneira alguma devemos ignorar.

sábado, 20 de junho de 2009

Jornalistas x Comunicadores


Já disse em uma postagem do blog que eu era a favor do diploma de jornalista, mas hoje eu percebo que não sou tão a favor assim, somente pelo fato da dúvida de que diploma por si, não garante qualidade de informação e que muitos cursos de Jornalismo deveriam rever seus conceitos do papel de um jornalista.
Acho sinceramente que um jornalista não se fabrica.O que se fabrica é um comunicador. Esse se fabrica, pois precisa passar informação e dominar todas as técnicas. Jornalista de verdade. Aquele que está preocupado em formar opinião e senso crítico nas pessoas. Lutar por justiça social. Esse que tem a alma de um jornalista, já nasceu um profissional. Tem o sangue de jornalista correndo pelas suas veias e sede de justiça. Não precisando ir sentar em uma cadeira de faculdade por quatro anos.
Na minha concepção, está havendo uma confusão enorme. Comunicador precisa e deve ter o diploma em mãos. Jornalista que é jornalista tem o espírito de justiça, não é aquele que só escreve bem, mas aquele que tem poder crítico aguçado e deseja ver transformações sociais. Comunicador é aquele que passa notícias pela televisão, rádio ou jornal.
Muitos também vem com o argumento de que em quatro anos o estudante conseguirá agregar valor. Para mim, você agrega valor desde que nasceu e continuará pelo resto de sua vida. Não somente como acadêmico.
Há algum tempo, quando surgiram diversos jornalistas e ainda não existia o curso,foram eles os precursores da liberdade de opinião. Da luta por um país mais justo. Os grandes idealistas.
Pelo argumento do STF que jornalista é um estado intelectual da pessoa. Eu concordo com a não obrigatoriedade do diploma. Pelo argumento de que qualquer um pode escrever em um veículo de comunicação. Sou contra.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

A Copa do Mundo é nossa?


Já estamos em clima de festa, no clima agitado e no espírito de sermos sede do maior torneio de futebol da Terra, onde em 2014, seremos palco de diversas delegações vindas de diversos cantos do planeta, os olhos do mundo inteiro, acompanhando cada passo, cada jogo deste acontecimento.
A Copa do Mundo é nossa! Você deve estar aí contente sabendo que assisistirá uma meia dúzia de jogos! Assisistirá logicamente, mas pela televisão, pois um ingresso para ver em Manaus, Coréia do Sul x Arábia Saudita, irá custar a miséria de uns R$ 500,e outros jogos também poderão chegar a R$ 1600 , vivendo totalmente a relidade do poder aquisitivo de um cidadão brasileiro comum.
Em diversas capitais, a história se repetiu, milhares de pessoas saíram de suas casas , em pleno domingo a tarde, para comemorar que daqui cinco anos poderão sentir o gostinho da Copa. O que mais me preocupa é que esse acontecimento é sempre em ano eleitoral. Será que essas mesmas pessoas se juntariam para uma manifestação contra políticos corruptos?
O fato é que começa a Copa, e todos os problemas são apagados de nossa memória e tudo é festa.
A mídia já começou a vender a ideia de que o pais vai melhorar e vai gerar empregos.Será que vai mesmo? Você já parou para pensar que em parte é dinheiro público, dinheiro que sairá do seu bolso, que irá pagar a construção e reforma dos estádios? Já parou para pensar que esses milhões, ou talvez bilhões, fossem gerar muito mais emprego, do que algumas pessoas que construirão os estádios?
Então os brasileiros que moram nas capitais sedes podem ficar aliviados. Também existe o argumento de que vai melhorar a infraestrutura, mas só por causa da Copa, do contrário ficaria como está!
Não quero nem pensar como o governo investirá na educação dentro dos estádios, agora com a Copa, não teremos que se preocupar com o vandalismo e as brigas de torcida, pois todos os torcedores baderneiros virarão torcedores exemplares do dia para a noite.
Todas as milionárias construções de estádios serão um legado para os futuros esportistas? E o legado do PAN 2007? Já parou para pensar o que aconteceu com a Arena Olímpica que custaria R$ 800 milhões, mas custou a bagatela de R$ 4 bilhões de nossos bolsos?
Em 2002 a Alemanha, país sede,investiu cerca de R$ 20 bilhões, mais do que nosso país investe por ano em educação. Apenas em melhorias dos transportes, a Alemanha investiu mais de R$ 9 bilhões, praticamente o orçamento anual do nosso Ministério dos Transportes. Inicialmente, a Copa de 2002 não previa investimentos públicos. No final das contas, os orçamentos dispararam 50%.
Com o modesto gasto da Copa no Brasil, será que não poderíamos matar a fome de milhões de famílias? Construir milhões de poços de água no semi-árido e casas também? Daria para aumentar o salário mínimo? Não daria para investir em educação e no combate a violência?
Já existem muitos brasileiros no interior de Minas Gerais, se perguntando o que milhões em orçamento de estádios vai ajudá-los? O que a Copa trará de benefício?.
O fato é que a Copa do Mundo é nossa! A violência é nossa! A desiguladade social é nossa! A corrupção também é nossa!

domingo, 7 de junho de 2009

Um ano e meio de blog


Hoje estou tentando inovar e homenagear quem merece! Meu blog, pois ele está praticamente completando um ano e meio de existência e nesta postagem pretendo explicar a quem ainda não entendeu, sua ideia inicial e o motivo de sua existência até hoje.
Meu blog surgiu em janeiro de 2008,pois eu já tinha manias de escrever artigos para expressar minha opinião. Esses artigos, eu enviava para alguns jornais.
A inauguração ocorreu diante da minha indignação do programa global Big Brother Brasil, estar na oitava edição, pois quem me conhece sabe que eu não gosto desses programas que não acrescentam nada. Comecei mal, pois as críticas foram tão pesadas que uma eu apaguei, mas hoje eu compreendo que tenho que aprender a lidar com a opinião alheia, e um dos objetivos do meu blog é incomodar mesmo.
Hoje eu conto com 52 artigos, 4 deles eu tive que excluir, pois dei o braço a torcer para as críticas e acabei vendo que não tinha sentido a postagem continuar aqui. Aliás, meu blog no começo era para ser quase que um diário virtual, algo que eu pudesse vir aqui e descer a lenha no que eu não gostava, ou contar sobre a minha vida pessoal. Até autobiografia eu fiz, mas compreendi que não queria ficar me expondo, e que ninguém estaria interessado em saber a que horas eu fui dormir ontem. O fato é que esse blog se tornou e se torna cada vez mais indispensável em minha vida. Pode até soar estranho ou talvez dramático demais, mas é aqui que eu deixo um pedacinho de mim.
Toda vez que me sinto incomodada diante de algum assunto. Eu venho aqui. Parece que é uma necessidade que eu tenho de me abrir, de falar o que eu penso e de puxar a orelha de quem merece. Sabe, meu blog tem o intuito de mostrar para quem lê, que as pessoas precisam acordar e começarem a cumprir seu papel também! Por isso, eu bato tanto na tecla que me sinto incomodada, que fico sem dormir. Enquanto eu não venho aqui e digo o que eu penso, eu não me sinto bem.
Sabe porque eu digo que é um pedacinho de mim? Aqui, está grande parte da minha personalidade.Personalidade que vem sendo construída desde que nasci. Você pode até me achar crente, demagoga e até chata demais. Eu rebato dizendo que você é superficial demais, não consegue compreender as coisas e está no caminho da maioria, apenas passando pela vida.
Esse blog já me incomodou muito. já sofri insultos. Críticas pesadas. já criaram blogs falsos para detonar com ele. Hoje posso dizer que ele está cumprindo um papel que já citei acima, ele está incomodando. Se eu caísse no senso comum e todos viessem aplaudir.Já teria desistido dele. Não estou aqui para passar a mão na cabeça de ninguém e muito menos para contar histórias bonitinhas. Não mesmo!
Hoje sei que muitas pessoas passam por aqui, o contador dele até parou em 690, mas até sei de mais pessoas, pois 90% do que está aqui é enviado para três jornais, e sei que muita gente gosta, e não é só meu pai, meu tio e meu irmão que visitam ele.
E para quem continua me criticando, dizendo que não é assim que se baseia o Jornalismo. Esqueça que aqui existe uma estudante de Jornalismo do terceiro ano, e comece a me tratar como uma cidadã indgnada com os problemas da sociedade. Sim, pois no começo era alguns artigos sobre diversos temas, hoje ele tem mais cunho político, que é o que eu mais gosto.
Um dia eu tive um sonho! Um sonho de um mundo mais justo, onde as pessoas não fossem tratadas como um fantoche. Um bonequinho fácil de manipulação, mas pouco a pouco eu fui caindo na realidade.O poder ainda manda e que muita coisa da qual sonhei, não passou de uma grande ilusão. Com muitos baldes de água fria na minha cabeça, um pouco ainda de coragem, vou continuar por aqui.
Parabéns blog, pelo um ano e meio!

Não reeleja ninguém


Muitas pessoas estão empolgadas com a campanha "Não reeleja ninguém", idealizada pelo jornalista Marcelo Taz . O objetivo da campanha que está com tudo na internet, é fazer com que as pessoas não votem no mesmo candidato, principalmente os deputados de Brasília.
A campanha pode até soar brilhante, se não fosse pelo fato das pessoas estarem tão inconformadas com os políticos, que parecem não raciocinar. Se tirarmos os deputados de lá, quem colocaremos no lugar?
O problema está muito longe de mandar todos os vereadores, prefeitos e deputados embora de seus cargos. O problema está em o que eu venho constatando há muito tempo, mas que essa semana ficou muito mais claro.
Realizei uma série de entrevistas com várias pessoas, perguntando a elas se lembravam em quem tinham votado, em quem tinham armazenado a sua esperança de melhorias, seu poder de decisão, enfim se estavam satisfeitas com os políticos. Então veio uma nítida e cruel resposta, para quem esperava por mais,como eu. Tudo parecia combinado. As reclamações maçantes de sempre, que político é tudo ladrão, que ninguém cumpre o que promete e que só passam a mão no dinheiro do povo.
É direito do cidadão de reclamar do que não está bom, mas o que me anda tirando o sono é que cerca de 95% das pessoas se quer lembram em quem tinham votado e minha esperança delas saberem se eles estavam cumprindo com suas promessas, desabou também. Quando indagadas quem eram os ladrões, obtinha e mesma reposta: São todos!
Sabe de quem é a culpa de políticos como Sérgio Moraes, que está pouco se lixando para a opinião pública se eleger ? É nossa! Somos nós que sem a menor responsabilidade votamos e não temos consciência, nem de fiscalizar para saber se merece mais um mandato.
Agora uma campanha de não reelejer, adianta diante dessa realidade? Tiraríamos 513 deputados de lá, colocaríamos mais 513 e ficariam por mais 4 anos sem serem incomodados.
Esses dias achei uma ótima definição para a nossa política. Ela é como um jogo de Cricket: ninguém entende as regras, não sabe qual time está jogando melhor,qual merece vencer, se o juiz está roubando, se as condições do gramado são favoráveis, qual é o time do locutor e para quem a torcida está torcendo. Se pararmos para pensar, isso faz muito sentido.

sábado, 2 de maio de 2009

A verdadeira doença do mundo


A Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que o número de casos de gripe suína em todo o mundo praticamente dobrou, passando de 365 para 653 pessoas contaminadas - 17 morreram vítimas da doença. Até o momento, 15 países já reportaram novos casos confirmados em testes de laboratório. Somente no México, onde a doença foi primeiro reportada, foram 397 novos casos e 16 pessoas morreram.
O caso é alarmante e deve incomodar a mídia de vários países, que cercam aeroportos, hospitais para informar alguma novidade sobre a doença. Assistindo pela televisão, a todo momento o desespero e a preocupação de autoridades, me vem a mente que eu realmente gostaria de saber qual o motivo de tanto alarde.
Todos os dias milhões de crianças morrem de fome em todo o mundo, os casos de Aids na África chegam a níveis exorbitantes, milhões de pessoas sofrem com o frio, a falta de emprego e a miséria absoluta.
Segundo um relatório feito pela ONU, 11 milhões de crianças morrem a cada ano de doenças que poderiam ter sido evitadas, mais de um bilhão de pessoas no mundo vive com menos de US$ 1 por dia, 840 milhões convivem com fome crônica, e outro bilhão não tem acesso a água potável.
O relatório ainda concluiu que o cumprimento da promessa de países ricos de investir 0,7% do seu Produto Interno Bruto(PIB) em ajuda e desenvolvimento, mais de 500 milhões de pessoas poderiam deixar a linha da miséria e dezenas de milhares escapariam da morte na próxima década. O levantamento é visto como o maior estudo da História realizada sobre a pobreza no mundo.
Na África mais de um milhão de crianças são portadoras do vírus HIV. As vítimas da Aids são onze vezes mais numerosas que as mortes causadas por conflitos armados em qualquer lugar do planeta. Botsuana possui o recorde absoluto com mais de um terço (35,8%) de seus adultos infectados. Zimbabue e Suazilândia apresentam 25% de sua população adulta afetada pelo vírus. Em Lesoto, os soropositivos são 23% enquanto que na África do Sul, Namíbia e Zâmbia os portadores representam 20% da população.
O mundo está de olho nas vítimas da gripe suína e esquece onde está a verdadeira causa de tantas mortes.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Mulheres


Ao longo dos séculos, a mulher foi totalmente submissa ao homem, não tinha o direito ao voto e sua vida limitava-se a cuidar da casa, do fogão e ser uma boa parideira. Ela não tinha voz alguma dentro de seu lar para não poder em momento algum contestar seu marido.
Hoje sabemos que ela exerce um papel fundamental em nossa sociedade.É livre de alguns tabus e está ingressando na vida pública e principalmente no mercado de trabalho.Com as mulheres engajadas, muitas conquistas vieram e aos poucos a classe feminina foi conquistando mais espaço, provando competência e força de trabalho. A cada geração as mulheres ficam mais independente. Mais do que uma luta pessoal,elas também estão representadas junto às causas sociais, emitindo opiniões e reivindicando mudanças.
Ao ler artigos e revistas sobre o assunto, acabei encontrando um grupo feminino chamado de Soroptimista, cujo objetivo é melhorar sempre a vida das mulheres, e é isso que o grupo procura fazer desde a sua fundação em 1921. A Soroptimista, composta por mulheres profissionais e de negócios acolhe e dá suporte a mulheres que enfrentam a pobreza e a discriminação. No entanto, apesar de todo o avanço que já foi mencionado acima, ainda vivemos uma realidade que precisa urgentemente ser revertida.
Em todos os países do mundo, foi constatado que as mulheres, sofrem os maiores obstáculos por causa de seu gênero. As principais constatações foram que uma entre três mulheres são agredidas, ou maltratadas de alguma maneira. Cresce o número de infectadas com o HIV e traficantes do sexo feminino entre as fronteiras internacionais.
60% dos trabalhadores pobres são mulheres e dois terços dois 800 milhões de analfabetos também. Somente 15% dos cargos de câmeras legislativas e 6% do poder executivo são destinados para as mulheres.
É necessário que nós tenhamos cada vez mais consciência do nosso papel,que saibamos que as conquistas ao longo dos anos, foi merecimento de nossa capacidade. Que possamos lutar por mais conquistas e que em nenhum momento deixemos de lado o que nós mulheres temos e muito. A beleza, a ternura, o poder feminino e o dom de sermos mãe.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Lula não é minha anta


Ao acompanhar cada passo do presidente Lula, em seus encontros pelo mundo, devo cada vez mais definhar aquelas pessoas que o chamavam de analfabeto. O nosso presidente, o mesmo torneiro mecânico, o mesmo que não sabe falar inglês, foi simplesmente o pop star do encontro do G20, e chamado por Barack Obama de político mais popular do mundo.
Lembro muito bem, de alguns anos atrás quando muitas pessoas diziam que era pra sentir vergonha do presidente, quando ele viajasse para fora do país.
Segundo declarações feitas para a TV CNN,o presidente dos Estados Unidos, também afirmou que o Brasil é uma potência econômica e grande jogador no cenário internacional e que ele e Lula devem ser parceiros.
Devo dizer que ele não é minha anta e que também não vivemos no país dos petralhas.

sábado, 4 de abril de 2009

A favor do diploma de Jornalismo


Desde pequena, quando tive a ideia de ser uma jornalista, ouvia muitas pessoas me indagando se eu tinha a pretensão de substituir a Fátima Bernardes no Jornal Nacional. Respondia sempre prontamente que sim.
O tempo passou e na verdade, nunca quis isso para mim, comecei o meu curso de Jornalismo e tenho guardado comigo, depois de pouco mais de dois anos uma bagagem cultural e intelectual muito grande.
Hoje, no entanto, tenho que discordar das pessoas que falam que não é importante o diploma, pois qualquer um pode muito bem, sentar e escrever. Podem ter razão até certo ponto, mas o que me preocupa é esta visão tão limitada que as pessoas têm a respeito dessa profissão. Ser jornalista vai muito além de sentar e falar mal dos outros, somos antes de tudo comunicadores e formadores de opinião.
Só em uma faculdade de Jornalismo, você aprende a teoria de como prender seu leitor, formas embasadas com muito estudo, de como contar a notícia da forma mais limpa e direta, sempre prezando pela informação. Teorias de comunicadores, o entendimento da mídia, da opinião pública, segmentos que vão muito além do puro “escrever o que quiser”.
Mas como muitos ainda pensam o Jornalismo também não é apenas sentar e apresentar um jornal, ou aparecer em frente a uma câmera. Somos treinados para interpretar as notícias, saber como funcionam todas as técnicas dentro de uma televisão, que vai desde a edição de vídeos, a roupa e o modo que temos que se portar diante de uma entrevista. Temos curso de cinema, aprendemos a trabalhar com o audiovisual, sem falar de rádio onde há muito treinamento para com a voz, onde passamos toda a credibilidade da notícia. Há também aulas de fotografia, onde aprendemos a conseguir imagens que jornalisticamente não precisam de texto ao contar a notícia, aulas de diagramação e o contato direto com um jornal diário, onde somos induzidos a pautar fatos e contar sempre as melhores reportagens. Assim como projetos que envolvem o Jornalismo político, cultural e até mesmo o cidadão e estudos de comunicação interna e externa dentro de empresas.
Poderia ficar aqui por horas enumerando tudo o que envolve o curso, e acho muito pobre esse conceito que jornalista é para aparecer na televisão ou somente escrever o que quiser. Sinto que as pessoas não conhecem tudo o que envolve. Defender o jornalista sem diploma é defender um médico que não faz curso de medicina, pois quer ser somente pediatra e estuda só o que envolve a pediatria, fugindo de todo o curso.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Um livro para nunca se ler


Mais uma pobreza totalmente desqualificada desse sujeitinho que atende pelo nome de Reinaldo Azevedo. Seu livro "O país das petralhas",não economiza argumentos e injúrias para criticar o seu próprio país e principalmente o PT.
Lendo alguns artigos e resenhas sobre o livro, vi que se trata mais uma vez de um besteirol, onde as piadinhas e os trocadilhos são tão constantes que perdem a graça que deveriam ter.
O jornalista da Veja mostra todo o seu preconceito e conservadorismo, sem nunca dar chance para entender a razão das pessoas.
O pior de tudo é ver que ele tem um comparsa, um tal de Diogo Mainardi, que defende junto com ele que o socialismo democrático é uma ilusão criada por esquerdistas.
O que me deixa mais indignada é ter que saber que ainda existem pessoas que como eles, não acreditam em um país mais justo e humano. Ter que ainda ouvir de alguns, que a Copa do Mundo de 2012 não pode ser realizada no Brasil, pois não temos competência. Nunca teremos se não tentarmos, e acreditarmos que é possível.
Se conseguir ter estômago para ler o livro do Reinaldo Azevedo, não deixe também de ler "Lula é minha anta" para não perder mais essa palhaçada.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Carnaval


O carnaval 2009 não foi nada diferente dos outros anos, tivemos desfiles, festas e tudo o que uma festa tipíca brasileira pode oferecer. Mas eu não posso deixar de comentar a minha indignação por vários segmentos da mídia, e pela falta de vergonha na cara de alguns.
É fato que em todas as festas carnavalescas brasileiras, temos consequências graves como aumento no número de acidentes, de gravidez indesejada e no aumento de infectados com o HIV. Mas o que realmente me tira o sono, é ver a nudez explícita na televisão através dos desfiles e todo mundo achando muito normal.
Quer alguns exemplos? No dia 2 de fevereiro desse ano, três turistas alemães tiraram a roupa no saguão do Aeroporto Luís Eduardo Magalhães em Salvador. Quando indagados sobre a atitude, eles alegaram que no Brasil era normal, devido aos trajes que as mulheres usavam aqui.
Se você tirar um tempinho e pesquisar como é vista a mulher brasileira fora do nosso país, irá se deparar com rótulos de mulheres fáceis ou coisa bem pior.
Eu não culpo os estrangeiros, continuo culpando a mídia, onde para um programa ter audiência sempre tem que haver mulheres quase nuas. E no carnaval, só enfeites cobrindo partes íntimas. Mas do que eu estou reclamando, no Brasil é normal. Não é mesmo?

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

A crise por Einstein


Em tempos de crise, não poderia deixar de comentar a frase de Albert Einstein na qual diz: "A verdadeira crise é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de conseguir a saída e soluções fáceis. Sem a crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise, não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise, é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la."
O gênio Einstein já nos deixou, mas já parecia saber dos tempos que estavam por vir. Ligue a televisão e veja o quanto essa crise está em todas as pautas.Todas as discussões.O assunto preferido é falar dos demitidos e das receitas para não perder seu emprego. Ninguém lembra de dizer que estamos tendo a oportunidade de mostrar que somos capazes de vencê-la e mais, que ela não atinge todos os setores. Para mim, ela é mais psicológica, do que real.
Grande jogada do Ponto Frio de divulgar que na sua loja, a crise não entra! Só lá podemos comprar e parcelar tranquilamente, pois se você acabar perdendo seu emprego, o seguro dele cobre o resto das parcelas. Mas eles esqueceram de dizer que nas parcelas, já está embutido o seguro.
Segundo o Jornal do Brasil de 10 de Fevereiro de 2009, empresários brasileiros de setores de vestuário e calçado deram-se conta de que cortaram mais vagas do que precisaram. Agora planejam voltar a contratar para repor os estoques perdidos com as demissões. Intensivos em mão-de-obra, os segmentos admitiram que exageraram na dose por temer a crise.
Já a Agência Brasil do dia 12 de fevereiro afirma que a crise internacional não afetou o ritmo de produção de 58, 5% das indústrias fluminenses, mas mesmo assim houve queda nas vendas. O que era de se esperar, com o medo absurdo que as pessoas estão, falta otimismo e segurança, e isso só ajuda a abrir as portas para que a crise continue!

sábado, 10 de janeiro de 2009

Repúdio a reforma ortográfica


No ano de 2009 simplesmente teremos que nos acostumar a escrever de uma forma diferente, graças ao ex-presidente José Sarney que desde a década de 90, queria emplacar o Brasil nesta nova lei, onde participam todos os países que falam a língua portuguesa.
O que me deixa mais indignada, é que há dez dias atrás podíamos escrever a palavra idéia, com o acento, hoje é considerado um erro ortográfico. Além do mais, nossa língua deixou de ser nossa e virou um produto de barganha comercial e geopolítica.
Agora estamos aqui, tendo que aprender a escrever novamente, várias regrinhas básicas que para mim jamais existiriam. Não deixo de concordar com o escritor Marcos Bagno que em seu livro intitulado “O preconceito lingüístico” (lingüístico não tem mais trema, mas todo mundo esqueceu de avisar o Word das novas regras), afirma que errar na escrita é a mesma coisa que cometer erros para respirar, pois o importante mesmo é o entendimento na comunicação, e devemos respeitar as diferenças sociais e culturais de todos os brasileiros. Sinto mesmo que esses lingüistas devem achar que escrever certo, é uma planta que só nasce no jardim deles!
E agora, o que faremos para compreender a pronúncia de palavras como geléia e colméia que perderam o acento? Acho que os governantes devem mesmo pensar em outros problemas, não em simplesmente mudar a ortografia da nossa língua.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Cultivamos ídolos errados


Essa semana teve a estréia da minissérie global que conta a história da cantora Maysa, no site da emissora no dia posterior a estréia, veio à notícia de que ela tinha sido recorde de audiência.
Em reportagem feita pela revista Istoé, há uma idéia de como foi à carreira da cantora, marcada por escândalos, paixões conturbadas, excesso de álcool e surtos depressivos. E aí eu me indago. Vale a pena contar para o público semelhante história?
Há como admirar uma pessoa assim? Há como tomar como exemplo todos os seus escândalos?
“É a degradação da família brasileira". Foi assim que o presidente Lula definiu as novelas, e não deixo de concordar também, há cada vez mais apelação ao sexo, a traição, a desunião das famílias, aos conflitos e principalmente contra os valores. Aí vêm os autores se defendendo que são histórias da vida real! Que vida real? Todos esses assassinatos, todas essas mentiras e histórias totalmente desqualificadas querendo fazer parte do cotidiano de milhões de brasileiros! Só para tomar como exemplo, já reparou que todas as novelas da Globo passadas em horário nobre, as famílias moram em apartamentos de luxo, vão para a Europa de férias. Até gari de novela tem apartamento fino. É essa a nossa realidade?
Já tive a oportunidade de ler uma entrevista da apresentadora (?) Luciana Gimenez que disse que programas culturais não davam audiência, e o pior é que tenho que concordar com ela.
Cultivamos ídolos errados, assistimos programas errados e contribuímos cada vez mais para a degradação das famílias, dos valores, da moral...

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Israel e Palestina


Com relação ao conflito entre Israel e a Palestina, não posso deixar de dizer que fico estarrecida ao ver que inocentes pagam caro com tanta violência. Pessoas que como nós, alheias a tanto ódio, tendo que conviver com ataques sem saber se vão acordar no outro dia.
Fico aqui, com o coração apertado, embalada com a canção de John Lennon que imaginava como eu, que esse mundo pode ser bem melhor. Sem guerras, sem fome e nem sofrimento, sendo um só. Mas essa realidade, como tão cantada na música, está cada vez mais longe.

Lula é 18ª pessoa mais influente do mundo


Segundo publicação da revista americana Newsweek, o presidente brasileiro aparece na frente até do papa Bento XVI, no ranking das personalidades mais influentes do mundo. Para a revista o Brasil tem atualmente a menor taxa de inflação nos países em desenvolvimento, além de possuir US$ 207 bilhões em reservas internacionais.
Lula deve estar mesmo nas nuvens. O único problema agora é a crise internacional, que para mim o ex-torneiro mecânico tirará de letra, afinal 73% dos brasileiros consideram seu governo ótimo ou bom, o que confirma uma considerável confiança no seu governo. Além de tudo, o próprio estudo da Newswek considera nossa economia saudável. Só gostaria de ver a cara do Diogo Mainardi, diante disso.