sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

2010


O ano de 2010 mal começou, e fomos logo pegos de surpresa por deslizamentos, caos e muita chuva. Pessoas perderam a vida comemorando a chegada de um novo ano. Novos sonhos, desejos e projetos que foram interrompidos não pela mão humana, mas pela força da natureza. Força que foi arrasadora. O que talvez muitos não saibam, é que não podemos contra ela, e muitas vezes, a chuva descontrolada é culpa do homem que destruiu o próprio ambiente no qual vive.

A dignidade posta em cheque

‘Que merda… dois lixeiros desejando felicidades… do alto de suas vassouras… dois lixeiros… o mais baixo da escala do trabalho’.

O apresentador e jornalista Bóris Casoy está sendo processado pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Serviço, Asseio e Conservação, Limpeza Urbana, Ambiental e Áreas Verdes (Fenascori), devido aos comentários que fez sobre os garis no Jornal da Band.
Bóris Casoy colocou em cheque, a dignidade de dois trabalhadores garis, que seguravam suas vassouras com orgulho. Ele não só feriu o que ele mesmo chamou de “lixeiros”, mas um Brasil inteiro, que sabe o quanto é difícil crescer na vida. O quanto é difícil lidar com o preconceito das elites dominantes. Isto é uma vergonha!


Perdendo a vida, ao lutar por ela

Zilda Arns é indiscutivelmente um ser humano que dedicou sua vida, em favor do próximo. Ela e outros militares perderam a vida, lutando pela sobrevivência de outras, em um tremor de terra no Haiti.
A médica pediatra tem um trabalho reconhecido mundialmente com crianças. Estima-se que cerca de dois milhões de crianças e mais de 80 mil gestantes sejam acompanhados todos os meses pela entidade em ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania.
Seu trabalho também serviu de modelo para vários países, como Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Timor Leste, Filipinas, Paraguai, Peru, Bolívia, Venezuela, Argentina, Chile, Colômbia, Uruguai, Equador e México.
Morreu o corpo de Zilda Arns. Ficou a lição de uma guerreira que nunca desanimou. Uma mulher que foi exemplo de vida, de garra e luta.
Perdas irreparáveis, e mais uma catástrofe que não podemos explicar, levando a devastação, o país mais pobre das Américas.


Cara de pau e perdão

Depois das imagens incontestáveis do governador do Distrito Federal colocando propina em suas meias, a cara de pau rola mesmo a solta no cenário político. Com medo de ser cassado e perder seu mandato, Arruda fez o papel ridículo de pedir perdão e dizer que entende a indignação das pessoas. Nesse contexto,ainda há uma boa notícia. Os lendários caras-pintadas ressurgiram.

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