sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Cuidamos bem de nossas crianças?


“As crianças quando são bem cuidadas, são sementes de paz e esperança. Não existe ser humano mais perfeito, mais justo, mais solidário e sem preconceito que elas. Como os pássaros, que cuidam de seus filhos ao fazer um ninho do alto das árvores e das montanhas, longe dos predadores, ameaças e perigos, e mais perto de Deus, deveríamos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado, promover o respeito aos seus direitos e protegê-los.”
As últimas palavras usadas no discurso antes de sua morte, a doutora Zilda Arns não só deixou uma lição para a eternidade, mas levantou um problema pertinente, onde a maior arma contra esse mal são os cuidados com as nossas crianças, o zelo que temos que ter com elas.
Pelé em seu milésimo gol dedicou às crianças e pediu para que as defendessem. Todos concordam que elas são o futuro, mas não haverá futuro se não cuidarmos delas agora.
. Segundo relatório da Unicef lançado em 2006, nas atuais taxas de progresso, cerca de 8,7 milhões de crianças menores de cinco anos morrerão até 2015. No entanto, se houver trabalhos para a redução da mortalidade infantil, será possível salvar outras 3,8 milhões de vidas.
Nas Américas e no Caribe, grande parte do tráfico infantil visível é impulsionado pelo turismo e focalizado em resorts litorâneos, alimentando uma demanda de exploração sexual infantil e mão-de-obra, que pode ser facilmente explorada. Criminosos que transportam drogas através das fronteiras também estão envolvidos no tráfico humano.
É impossível quantificar o número exato de crianças de rua, mas certamente chega a dezenas de milhões em todas as partes do mundo. Em sua maioria não são órfãs. Muitas ainda mantêm contato com suas famílias e trabalham nas ruas para aumentar a renda doméstica. Frequentemente sofrem de abusos psicológicos, físicos ou sexuais.
A educação é inegavelmente um direito de toda a criança crescer saudável e garantir seu futuro. Hoje esse direito é negado a 121 milhões de menores. 83% das meninas, que não frequentam a escola, vivem na África do Sul. Os dados mais recentes em escala mundial indicam que a matrícula e a frequência escolar das crianças são inferiores a 85% em 70 países.
O mundo precisa saber que existem crianças lutando em revoluções e guerrilhas. Permitir isso é confiar-lhes ao mal, é roubar-lhes as esperanças. Como podemos esperar que no futuro sejam cidadãos bons e fraternos se descuidamos do seu presente? Qual a paz que a criança encontra, tendo que conviver com guerras? Não podemos deixar que muitas delas sejam exploradas, seduzidas e as impeçam de irem para a escola. Do contrário, não teremos esse tão sonhado futuro.

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