sábado, 13 de março de 2010

Mulheres. Há o que comemorar?


O dia 8 de março é comemorado em todo o mundo como o Dia Interncional da Mulher. A data é um reconhecimento da luta por uma participação de igualdade na sociedade e também contra a discriminação. Ela é comemorada desde 1910, em homenagem ás mulheres que morreram em uma fábrica de tecidos situada em Nova Iorque, por reivindicarem melhores condições de trabalho. A história conta que em 1857, as operárias desta fábrica de tecidos fizeram uma greve e exigiram a redução da carga de trabalho, igualdade de salários com os homens e tratamento digno. A fábrica acabou sendo incendiada, e aproximadamente 130 mulheres morreram carbonizadas.
A morte tão cruel serviu para que o mundo enxergasse um distanciamento entre homens e mulheres. Março foi oficializado pela Organização das Nações Unidas(ONU) como o mês da mulher. O fato é que esse mês, não é só para ser comemorado com presentes e homenagens, mas sim com reflexões sobre os inúmeros problemas que a camada feminina ainda enfrenta na sociedade, sobre discutir o papel da mulher, e o término do preconceito e a desvalorização deste gênero.
Agora eu pergunto: Há o que comemorar? Existe motivos para que o mês de março seja dedicado as mulheres? Claro que há! Pois ao longo da história, as conquistas vieram, e as mulheres continuam ocupando cada vez mais espaço.
Por questões culturais em alguns países, e o fato de que o homem é considerado o "chefe" da casa, o pioneirismo feminino foi acontecendo de um a um. No Brasil, a história não me deixa equivocada. Já em 1827, surge a primeira lei da educação das mulheres brasileiras, permitindo que frequentassem as escolas e estudassem o básico, já que instituições de ensino mais adiantado, eram proibidos. Em 1879, elas obtiveram do governo autorização para entrar no ensino superior. Chiquinha Gonzaga em 1885 rompeu barreiras e foi a primeira mulher no país a estar á frente de uma orquestra. Dois anos mais tarde, Rita Lobato Velho, tornou-se a primeira mulher a se formar em medicina. E as conquistas não pararam por aí. Vieram também o voto, a entrada na política, e o direito de poder participar de competições esportivas.
Ainda há o que avançar. As cinzas daquelas mulheres, jamais serão esquecidas! Morreram aquelas mulheres de coragem, que lutaram por uma causa nobre. Morreram aquelas mulheres indignadas com o tratamento por causa de seu gênero. Não morreu o exemplo que elas deixaram. Muito menos morreu, a garra das mulheres de hoje.

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