segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Primeira reportagem: Pracinha do Batel

Achei essa reportagem que fiz nos primeiros meses de faculdade em 2007. Saí por diversas vezes na rua com uma agenda de anotações para entrevistar os moradores do bairro do Batel onde eu morava, como estávamos aprendendo a construir uma matéria, ainda aprendendo o lead e o sublead, assim como a "teoria da pirâmide invertida", a matéria foi construída aos poucos, sob a orientação do Professor Zanei Barcelos, que na época dava a matéria de "Técnicas de Entrevista, Reportagem e Redação". A pauta era para identificar os problemas do bairro onde morávamos, no total foram 25 entrevistados, por fim entrevistei também o órgão responsável, a primeira vez que entrevistei de fato, uma autoridade. Segue minha primeira matéria.


A abertura de uma rua atravessando a pracinha do Batel, está sendo motivo de
muita discussão por parte dos moradores que não aceitam a obra, foi o que
mostrou uma enquête realizada em maio pelos estudantes de jornalismo da PUC.
Segundo a arquiteta da Secretaria do Meio Ambiente Denise Furtado, a obra
será executada e declarou também que houve uma reunião com a comunidade, e
que em nenhum momento o fato foi levantado.
O Batel possuí quatro shoppings, localiza-se na região Oeste de Curitiba e
possuí uma população estimada em 12097 habitantes, sendo a maioria
mulheres.No último Sábado dezenas de moradores se reuniram na Avenida Batel,
distribuindo diversas camisetas com o slogan ‘Beto, não acabe com a nossa
pracinha”.
“Sou contra a abertura da pracinha, acho que poderia ser apontado outro
caminho, o Batel perderia a sua identidade”, lamenta a jornalista Aline
Benassí,24 anos, a aposentada Neide Veiga, 60 anos, já tem a sua opinião
formada a respeito do assunto, ela deduz que curitibano dirige mal, pouco
adiantaria reformar a praça.
“O trânsito é realmente muito ruim, mas acho que a reforma da pracinha, não
mudará nada” afirma Daniel Muarck 33 anos, bancário. Outra reclamação por
parte da abertura é feita pelo estudante do ensino médio Jader Thomson, 15
anos, ele acha que não dá para simplesmente acabar com uma pracinha
histórica.
Trata-se da identidade de um bairro, mas há quem comece a dividir opiniões,
como alguns moradores antigos que se manifestaram á favor da abertura,
justificando que devemos pensar no coletivo, o assunto continua causando
polêmica.

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