domingo, 7 de junho de 2009

Não reeleja ninguém


Muitas pessoas estão empolgadas com a campanha "Não reeleja ninguém", idealizada pelo jornalista Marcelo Taz . O objetivo da campanha que está com tudo na internet, é fazer com que as pessoas não votem no mesmo candidato, principalmente os deputados de Brasília.
A campanha pode até soar brilhante, se não fosse pelo fato das pessoas estarem tão inconformadas com os políticos, que parecem não raciocinar. Se tirarmos os deputados de lá, quem colocaremos no lugar?
O problema está muito longe de mandar todos os vereadores, prefeitos e deputados embora de seus cargos. O problema está em o que eu venho constatando há muito tempo, mas que essa semana ficou muito mais claro.
Realizei uma série de entrevistas com várias pessoas, perguntando a elas se lembravam em quem tinham votado, em quem tinham armazenado a sua esperança de melhorias, seu poder de decisão, enfim se estavam satisfeitas com os políticos. Então veio uma nítida e cruel resposta, para quem esperava por mais,como eu. Tudo parecia combinado. As reclamações maçantes de sempre, que político é tudo ladrão, que ninguém cumpre o que promete e que só passam a mão no dinheiro do povo.
É direito do cidadão de reclamar do que não está bom, mas o que me anda tirando o sono é que cerca de 95% das pessoas se quer lembram em quem tinham votado e minha esperança delas saberem se eles estavam cumprindo com suas promessas, desabou também. Quando indagadas quem eram os ladrões, obtinha e mesma reposta: São todos!
Sabe de quem é a culpa de políticos como Sérgio Moraes, que está pouco se lixando para a opinião pública se eleger ? É nossa! Somos nós que sem a menor responsabilidade votamos e não temos consciência, nem de fiscalizar para saber se merece mais um mandato.
Agora uma campanha de não reelejer, adianta diante dessa realidade? Tiraríamos 513 deputados de lá, colocaríamos mais 513 e ficariam por mais 4 anos sem serem incomodados.
Esses dias achei uma ótima definição para a nossa política. Ela é como um jogo de Cricket: ninguém entende as regras, não sabe qual time está jogando melhor,qual merece vencer, se o juiz está roubando, se as condições do gramado são favoráveis, qual é o time do locutor e para quem a torcida está torcendo. Se pararmos para pensar, isso faz muito sentido.

2 comentários:

Unknown disse...

Carol!

Parabéns pro Bloq tambem!!

É isso aí concordo. Não adianta. O Congresso reflete o que é a sociedade!!

julio disse...

ELEIÇÃO 2022

Não reeleja ninguém

A oxigenação no Parlamento e Executivo é salutar para a política não cair na mesmice de pensamentos. Quem não tem competência para apresentar os seus projetos e aprová-los, em quatro anos, não devia se iniciar na política representativa nem tentar a reeleição.

Estamos cansados de políticos tiriricas, de falsos messias, de enganadores que em época de eleição se apresentam para pedir votos e depois se esquecem de seus compromissos com o eleitor.

O exercício representativo político é uma oportunidade dos cidadãos de poderem contribuir de forma cívica com a nação através do emprego de seus conhecimentos e experiências, mas devia ser exercido de forma temporária.

A política não devia ser confundida com profissão, como hoje muitos, de maneira obstinada, operam. Trata-se, pois, de mandato transitório, o qual, após o cumprimento, devia ceder lugar para novas cabeças pensantes. Afinal, ninguém é insubstituível na vida.

A reeleição política devia ser proibida para frear o contingente de políticos profissionais, instalados no país, assim como o instituto do voto obrigatório – incompatível no Estado Democrático de Direito -, responsável pela eleição e reeleição do quadro político nacional, repleto de oportunistas (incompetentes) de condutas não ilibadas vivendo no cabide de emprego público ou cuidando de seus inconfessáveis interesses.

É lamentável que profissionais de diversas áreas de atuação - como médicos, advogados, engenheiros, professores, etc. – venham, praticamente, se desvincular de suas profissões para se enveredar na política representativa e, o pior, tomar gosto pelo poder a ponto de não pretenderem largar mais a vida pública.

A reeleição representa a garantia de emprego do político, enquanto você, eleitor, responsável pela reeleição, pode estar desempregado e vai continuar sem emprego.

Certa feita, o jornal espanhol El País escreveu que ser político no Brasil é um grande negócio, tendo em vista as vantagens auferidas. E são tantos os benefícios que muitos desejam ingressar na política e poucos pensam em abandonar as benesses públicas.