sexta-feira, 15 de agosto de 2008

O Bolsa Família

"Bom dia! Eu, Sueli Miranda de Carvalho Silva, venho, por meio destas linhas, agradecer os idealizadores do Bolsa Família, os anos que fui beneficiada. Ajudou-me na mesa, o pão de cada dia. Agora, empregada estou e quero que outro sinta o mesmo prazer que eu, de todo mês ser beneficiada. Obrigada"
Com essa cartinha, enviada à coordenação municipal do Programa Bolsa Família em Belo Horizonte, a ajudante de serviços gerais Sueli Miranda, de 47 anos, pediu dias atrás seu desligamento. Mãe de quatro filhos, moradora do bairro Jaqueline, na periferia da capital mineira e com uma renda familiar mensal de R$ 200, há um ano e meio ela recebia R$ 122 de ajuda do programa de transferência de renda. Agora, recém-contratada por uma revenda de automóveis e "fichada", como ela diz, ao se referir ao registro em carteira profissional, acha que deve deixar a vaga para alguém mais precisado. A cartinha foi festejada na coordenação municipal do programa, que despachou uma cópia para Brasília, para a sede do Ministério do Desenvolvimento Social - o quartel-general do programa que atende 11,2 milhões de famílias, distribuídas por todos os municípios brasileiros. Lá, o caso de Sueli ajudou a engrossar uma estatística que soa como música aos ouvidos do ministro Patrus Ananias: recém-atualizada, ela mostra que desde a criação do programa, em 2004, um total de 60.165 famílias pediram voluntariamente seu desligamento.
Essa notícia eu tirei de um site e me ajudou há compreender um pouco o quanto é importante esse dinheiro para algumas famílias. Você pode até achar que não! Eu mesma nunca precisei, mas já pude perceber, a verdadeira realidade de muitas famílias brasileiras.
Quando eu tinha uns oito anos, fui com o meu pai em uma distribuição de brinquedos e outros brindes para crianças carentes no Natal, era impressionante o que coisas simples e pra mim “besteirinhas”, dão tanta alegria para quem não tem! Em junho fui até a cidade de Ortigueira, no interior do Paraná, fazer matéria para o jornal laboratório do meu curso, e fiquei muito comovida de como existe gente simples, precisando de ajuda.
Nunca concordei com as pessoas que dizem que essa política utilizada no atual governo é assistencialista e só existe para sustentar quem não trabalha. O governo faz a parte dele, cabe ao beneficiado, e somente á ele a execução da sua parte, usar esse dinheiro para mudar a sua vida!
Você pode até dizer que não adianta ficar dando esmola, mas há outro jeito? Há outro jeito de distribuir renda? Pode até haver muitos, mais é de longo prazo... O Brasil não pode e nem deve mais esperar!
A lógica é a seguinte, dá-se esse benefício às pessoas carentes, elas acabam tendo poder de compra e logo a um fortalecimento da classe média, melhorando e muito a economia. Segundo dados divulgados, o Bolsa Família está sendo o responsável por tirar milhões de brasileiros do estado de miséria e ingressando muitos na classe média!
Precisa dizer mais alguma coisa? Eu simplesmente acho que a carta acima, já esclarece tudo!

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