terça-feira, 7 de julho de 2009

Violência contra Homossexuais


A Declaração Universal dos Direitos Humanos prevê que todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e a segurança pessoal, sendo todos iguais perante a lei, com direitos e proteção contra qualquer discriminação. Devem ter acesso à liberdade, sem distinção de qualquer tipo, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião e opinião política.
O documento assinado em 1948 também afirma que todos nascem livres, iguais em dignidade e devem ter espírito de fraternidade com seus semelhantes.
Todos os itens soam muito utópicos e inatingíveis nos dias de hoje, principalmente as agressões tão constantes contra os gays. Só na Parada do Orgulho Gay realizada em São Paulo no mês passado, 44 pessoas foram agredidas por grupos de intolerância causando mortes.
Pesquisa realizada pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) em uma manifestação gay na cidade, aponta que 64% dos homossexuais já sofreram agressões. A violência verbal foi o tipo mais comum, citada por 45,5%, seguida pela física, com 21,6%, e muitos declararam ter sofrido mais de uma forma de agressão. Chantagem ou extorsão (15,9%) e violência sexual (11,4) foram outros tipos citados. Os transexuais foi o grupo mais violentado: 76,9% afirmaram terem sido agredidos.
No que se diz respeito à discriminação, 70% dos gays afirmam sofrer algum tipo de preconceito. Já encontramos também a discriminação no mercado de trabalho, onde na Bahia, já foi criado um grupo chamado de Grupo Gay Baiano, a mais antiga associação de defesa dos direitos humanos dos homossexuais do país. O principal objetivo é lutar contra qualquer forma de preconceito, organizando diversos encontros e palestras informativas e ajuda as vítimas de discriminação com um serviço de esclarecimento dentro das empresas.
O grupo guarda um grande arquivo com casos de preconceito nas mais diferentes situações de trabalho. Desde atores que são insultados na rua por interpretarem homossexuais, até casos mais graves, como demissões provocadas por denúncias, muitas vezes infundadas, até dispensas com alegação de falta de interesse.
A maior parte da sociedade brasileira tem uma postura bastante prejudicial quanto a este tema, e na maioria das vezes fechando os olhos e condenando os gays. Muitos também condenam a Parada Gay, não relevando o fato que a manifestação é um grito para a sociedade de que eles precisam de apoio e garantia de seus direitos preservados, como a liberdade de escolher sua orientação sexual.
A melhor forma de combater à intolerância é o trabalho e o cuidado que devemos ter com esse assunto. Ou seja, que existem diferenças e que de maneira alguma devemos ignorar.

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